domingo, 17 de março de 2013

Anjos!


Infelizmente

a história sobre os anjos é curta. Os gregos, que eram amantes da precisão, os

chamavam de DAIMONES (gênio, anjo, ser sobrenatural). Os egípcios os explicaram

amplamente e com detalhes, mas tudo foi perdido, queimado na época da ascensão

do cristianismo primitivo do Ocidente. Hoje, o pouco que nos resta deriva dos

estudos cabalísticos desenvolvidos pelos judeus, que foram os primeiros a

acreditar nesta energia. O mundo cabalístico é dividido em quatro hierarquias

energéticas: emanação, criação, formação e ação.


Emanação é o centro de todas as energias. Criação

é o tempo e o espaço. Formação é o mundo das espécies, das coisas concretas que

tem forma definida. Ação é a força pela qual cada individualidade criada, age e

manifesta vida. Neste espaço trataremos da Formação, a terceira categoria, da

qual o mundo angelical faz parte.


A palavra hebraica para anjo é Malakl,

que significa “Mensageiro”. As primeiras descrições sobre anjos apareceram no

Antigo Testamento. A menção mais antiga de um anjo aparece em Ur, cidade

do Oriente Médio, há mais de 4.000 a.C.. Na arte cristã eles apareceram em 312

d.C., introduzidos pelo imperador romano Constantino, que sendo pagão,

converteu-se ao cristianismo quando viu uma cruz no céu, antes de uma batalha

importante. Em 325 d.C., no Concilio de Nicéia, a crença nos anjos foi

considerada dogma da Igreja. Em 343 d.C. foi determinado que reverenciá-los era

idolatria e que os anjos hebreus eram demoníacos. Em 787 d.C. no Sétimo Sínodo

Ecumênico definiu-se dogma somente em relação aos arcanjos: Miguel, Uriel,

Gabriel e Rafael.


São Thomás de Aquino foi um estudioso do assunto.

Ele dizia que os anjos são seres cujos corpos e essências, são formados de um

tecido da chamada luz astral. Eles se comunicam com os homens através da

egrégora, podendo assim assumir formas físicas.


A auréola que circunda a cabeça dos anjos é de

origem oriental. Nimbo (do latim nimbus), é o nome dado ao disco ou aura parcial

que emana da cabeça das divindades. No Egito, a aura da cabeça foi atribuída ao

Deus solar Rá e mais tarde na Grécia ao Deus Apolo. Na iconografia cristã, o

nimbo ou diadema é um reflexo da glória celeste e sua origem ou lar, o céu. As

asas e halos apareceram no século 1. As asas representam a rapidez com que os

anjos se locomovem.


O povo judeu quando em cativeiro no Egito, foi

santificado pela perseguição. O que eles conheciam sobre os anjos sofreu

influências dos egípcios, dos babilônios e dos persas, verificando-se

coincidências para os cabalistas. Por exemplo, o que para os hebreus eram

“anjos”, para os egípcios eram “Deuses” - a deusa Isis tem asas...


Encontramos no Panteão Muçulmano a citação sobre

Azrael e Djibril e sua correspondência com Rafael e Gabriel.


Os caldeus e outros povos da Antigüidade,

acreditavam no gênio bom e mal. Os romanos acreditavam nas entidades chamadas “Genius”.


Na época em que viveu Jesus, o racionalismo

causou algumas diversificações quanto à idéia dos judeus sobre os anjos. Os

saduceus negavam a existência dos anjos, os tanseus aceitavam.


Os escritos essênios, fraternidade da qual Jesus

fazia parte, estão repletos de referências angelicais. No Novo Testamento, anjos

apareceram nos momentos marcantes da vida de Jesus: nascimento, pregação,

martírio e “ressurreição”. Depois da ascensão, Jesus foi colocado junto ao Anjo

Metatron.


Alguns estudos aceitam possibilidade dos três

Reis Magos serem Anjos materializados.

Melchior

(Rei da Luz), Baltazar (Rei do Ouro, guardião do tesouro, do incenso e da paz

profunda) e Gaspar (o etíope, que entregou a mirra contra a corrupção).


Maria ainda trazia Jesus no ventre, quando foi

levada por José para o Egito. Jesus admirava a ciência deste país e isto talvez,

aliado ao trabalho de carpinteiro, justifique o cristianismo primitivo, repleto

de signos e parábolas.


A tradição católica dividiu os anjos em três

grandes hierarquias, subdivididas cada uma em três companhias:



Serafins,

que personificam a caridade divina.



Querubins,

que refletem a sabedoria divina.



Tronos,

que proclamam a grandeza divina.



Dominações,

que tem o governo geral do universo.



Potências,

que protegem as leis do mundo físico e moral.



Virtudes,

que promovem prodígios.



Principados,

responsáveis pelos reinos, estados e países. Arcanjos, responsáveis pela

transmissão de mensagens importantes.



Anjos,

que cuidam da segurança dos indivíduos.




Cada uma das hierarquias angelicais é regida por

um príncipe e tem correspondência com uma letra do alfabeto hebraico:



Aleph,

corresponde aos Serafins e o Príncipe é Metatron.



Beth,

corresponde aos Querubins e o Príncipe é Raziel.



Ghimel,

corresponde aos Tronos e o Príncipe é Tsaphkiel.



Daieth,

corresponde às Dominações e o Príncipe é Tsadkiel.



He,

corresponde às Potências e o Príncipe é Camael.



Vau,

corresponde às Virtudes e o Príncipe é Raphael.



Zain,

corresponde aos Principados e o Príncipe é Haniel.



Heth,

corresponde aos Arcanjos e o Príncipe é Mikael.



Teth,

corresponde aos Anjos e o Príncipe é Gabriel.




No final do renascimento, o tema angelical não

atraía mais interesse e o assunto ficou “esquecido” por muitos anos.


Desde 1990, a grande Fraternidade Branca está

limpando o karma da humanidade. Como 50% deste karma, já foi limpo, verificamos

o aparecimento dos intermediários entre os anjos e os homens: os gnomos,

duendes, silfos, ondinas, fadas e salamandras. São os obreiros de Deus, seres de

luz cuja missão é manter a ordem da natureza.

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