segunda-feira, 20 de junho de 2011

Elementais do fogo

Elementais do fogo

Na verdade, não há muito que saber sobre as salamandras, já que pouca gente conheceu seus reinos e voltou pra contar como é, sabemos que, como os outros reinos, obedece a hierarquias e possui seus devas, mas aqui mostrarei algo muito importante do mundo da magia: o poder do fogo.
Quando trabalhamos com as salamandras, trabalhamos com o fogo, sagrado e iniciador, divino e destruidor, muitas vezes associado ao inferno, ele vive em nós e, assim como os outros elementos, possui suas duas polaridades: Construção e Destruição. Quando não o temos, perdemos a vontade de viver, de sonhar, de realizar, sem o fogo não há impulso, não há vida, se temos em demasia, deixamo-nos consumir pelos desejos desenfreados, pelas paixões destrutivas, pelos excessos que acreditamos nos deixar mais vivos, mas acabam nos reduzindo a cinzas.
Antes de entrarmos no mundo das salamandras, é preciso deixar claro que vamos conhecer os dois tipos de fogo, aprender a trabalhar com o fogo criador e também com o fogo destruidor, com a magia das velas católicas ou dos caldeirões das bruxas, das fogueiras dos ciganos e das lamparinas das sacerdotisas egípcias, vamos reatar esse velho relacionamento com as salamandras e seus devas, sabemos que a era moderna nos afastou de todos os elementais, mas nenhum se tornou tão vulgarizado quanto o fogo, acreditamos que podemos dominá-lo acendendo um fósforo levianamente, até que percebemos que não há paixão na nossa vida e precisamos reacender essa chama, e nos surpreendemos quando ela nos consome, salamandras não têm piedade, dos elementais da natureza, são os mais implacáveis, elas tomam o que desejam, dançam quando sentem vontade e só obedecerão se respeitarem o mago ou bruxa que os evoca.
Vamos trabalhar com as salamandras da mesma forma que trabalhamos com tudo até agora, de mente aberta e coração limpo.
Quando trabalhamos com as salamandras, lidamos com o Reino do fogo, onde elementais trabalham em níveis que jamais conseguimos compreender plenamente, na natureza, esses reinos se manifestam em vulcões e em grandes incêndios, mas podemos encontrar todos os elementais em todas as criações, numa planta, árvore, animal ou no homem, os elementos aparecem em equilíbrio, a saúde é imediatamente afetada.
Na magia, entramos em contato como o elemental fogo quando acendemos uma vela, quando invocamos o dragão interior ou quando acionamos o caldeirão, em todos os casos, devemos contar com a permissão e proteção do Rei Elemental do Fogo, Djinn, e do Príncipe em comando, Mikael, ou Arcanjo Miguel. Guardiões do Portal Sul, são eles que invocamos para trabalhar com o Fogo Sagrado.

Arcanjo São Miguel e os elementais do Fogo

O Arcanjo São Miguel (Mi-Kha-El) é um dos anjos mais conhecidos pelo grande público (ele tem uma ótima assessoria de imprensa), ele é visto como um cavaleiro de armadura dourada, empunhando uma espada e montando um cavalo branco, na igreja católica, ele subjuga o demônio, os baixos instintos e a maldade, na forma de um dragão sob seus pés. Miguel é chefe das milícias celestes, seu signo solar é o Sol e sua estação é o verão, sob o julgo de Miguel estão as salamandras, que respondem ao rei Djiinn, em algumas literaturas, Miguel é descrito como o anjo de longos cabelos dourados acompanhado de um ser ígneo, uma espécie de dragão, este é o Djinn, o rei das Salamandras.
As salamandras são possivelmente os elementais mais perigosos de se lidar, pois podem causar terríveis danos, com a responsável supervisão de Miguel, no entanto, não há o que temer, este anjo ergue em favor dos justos e dos puros de coração sua espada divina e não permite que sejamos feridos. Elementais do fogo são seres alegres e inconseqüentes e o mago ou bruxa que exerce poder sobre elas tem um grande dom, este dom pode ser conseguido através de meditação, disciplina e rituais mágicos, salamandras se manifestam em caldeirões e velas com grandes espirais e assobios, como uma dança louca e rápida.
A vela é um forte simbolismo do ritual do fogo, realizamos este tipo de ritual quando necessitamos de mais energia em nossas vidas, às vezes, nos sentimos cansados, exauridos, uma estafa tão poderosa que é capaz de nos paralisar, podemos nos entupir de comprimidos que não resolverão o problema, apenas sanar os sintomas, ou tomar uma atitude de curar o mal de dentro para pra fora, um ritual com velas pode proporcionar cura para este e diversos males, acionar nosso magnetismo pessoal, nos tornamos mais viçosos, mais ativos, mais vivos.
O fogo também nos dá o impulso, sendo o iniciador, a luz está diretamente ligada ao fogo e no começo, fez-se a luz, ele é o primeiro passo, o desejo, a vontade, sem ele, a gente não sai do lugar, quando estamos acomodados e desistindo dos nossos sonhos, o fogo morre em nós, é quando perdemos aquele brilho no olhar e quando começamos de fato a envelhecer. Diversas culturas conhecem os elementais e eles são citados em textos dos Rosa-Cruzes e na Bíblia, onde, por exemplo, encontramos uma menção aos elementais no livro de Jasher, LXXX, 19-22, nesse versículo, lemos a palavra Sulanuth, como uma das pragas lançadas por Moisés ao faraó malcriado, Sulanuth é uma categoria de elementais destrutores, na Pérsia eles eram conhecidos como Daevas, enquanto os gregos os chamavam de Daemons. Na cabala, tradição judaica, os elementais são situados no mundo de Assiah e são chamados de Klippoth, sendo compostos de quatro classes e atendendo pelo nome genérico de Shedim.
Os feiticeiros de todas as correntes trabalham diretamente com essas quatro classes, os egípcios os chamavam de Afrits, algumas etnias da África os denominam Yawahu, na cultura islâmica são chamados de Djnns, no Japão, Oni e na Ásia, Phyes, os textos sagrados da Índia que contam episódios aparentemente históricos podem ser interpretados como uma viagem feita pela consciência de um homem.
No Mahabharata, Nara (na verdade, Arjuna), luta sozinho contra um exército de deva-yonis, categoria de elementais inferiores que todos os aspirantes devem enfrentar em dado momento de seu aprendizado. Amuletos (chamados Ishta kavac) são dados aos discípulos pelos seus gurus para protegê-los nesse momento, esses amuletos são consagrados a determinado anjo (ou gênio), de acordo com sua utilização.
Veja que interessante esse texto da cultura islâmica retirado do livro Amulettes, telismans et pantacles, de J. Marques-Rivière, p. 137, Editions Payot.
“O Djinn é um ser corporal (adjâm), formado de um vapor ou de uma chama, dotado de inteligência, imperceptível aos nossos sentidos, que pode aparecer sob diversas formas e realizar penosos trabalhos, o corão (sur. LV, 14) diz que eles foram oficial e legalmente reconhecidas pelo Islã, e eles participam de certos atos de propriedades, casamento etc... – Um homem que morre de morte violenta torna-se comumente um infrît e assombra o lugar onde faleceu; mas às vezes torna-se também um djinn malfazejo, uma outra categoria de djûns maléficos está sob a autoridade de Shaitaân ou Iblis, o diabo, o anjo que recusou prosternar-se diante da criação de Deus, este chefe dos djûns é hermafrodita; possui órgãos genitais dos dois sexos e fecunda-se a si mesmo”.
Assim como no Reino Encantado, é perigoso visitar despreparado e Reino do Fogo, enquanto no mundo das fadas é o tempo quem brinca conosco, podendo fazer minutos passados lá se transformarem em anos inteiros aqui, o Reino do fogo faz arder o homem em suas próprias fraquezas, para visitar este reino, deve-se ter o coração de uma criança, a ganância, o medo e todas as paixões vividas pelo homem podem se voltar contra ele neste reino, lembre-se de que o fogo domina os instintos, pessoas muito voltadas para o sexo, para as paixões violentas, para a ambição desmedida, estarão muito vulneráveis no mundo das salamandras, por isso pede-se um grande preparo espiritual e emocional antes de tentar uma aventura dessas.

As cores nas velas

Vela Prata:
Uma vela maravilhosa de se trabalhar, pois aciona uma egrégora muito elevada, utilizada para representar a Lua, pode ser usada um rituais de proteção e limpeza, aumento de poder espiritual e cura, clarividência e conexão com o Divino.
Vela Dourada:
É uma vela tão benéfica que, assim como a prata, não pode ser usada para fins negativos, representando o Sol, ela atua como aumento do brilho pessoal, da fama e da fortuna, além de conectar com a Divindade.
Vela Laranja:
Esta vela representa o Sol e deve ser utilizada para agradecimento a Deus, ela incentiva a criatividade, as atividades artísticas e desportivas, é uma revitalizadora de todo o organismo, mas ajuda principalmente a proteger e restabelecer o coração, a coluna vertebral, o baço, o duodeno, a vista e a fertilidade, é excelente auxiliar para quem quer receber luz, se espiritualizar e aumentar seu poder mental.
Vela Branca:
A vela branca representa a mãe e fortalece a criatividade, a imaginação e a fertilidade, protege as crianças desde o útero materno até os oito anos, reforça os laços familiares, representando a harmonia e pureza no lar, ela purifica todo o organismo, mas ajuda principalmente na cura de doenças estomacais, das glândulas mamárias, do sistema linfático, do sistema nervoso central e do parassimpático, protege as menstruações, a gravidez e os partos.
Vela vermelha:
A vela vermelha nos concede autoridade, vitalidade e paixão, ela nos protege de acidentes e de situações de violência e perigo físico, é a melhor ajuda para a proteção de entes queridos, auxilia em qualquer intervenção cirúrgica, traz vitalidade a todo o corpo, mas protege principalmente a cabeça, o rosto, os órgãos sexuais, as vias urinárias, os rins, as glândulas supra-renais, a circulação sangüínea e as secreções biliares e hepáticas.
Vela amarela:
Esta vela nos permite dar forma e movimento a nossas idéias, é a vela da comunicação, representa a ordem, o raciocínio e a lógica, protege especialmente os pulmões e os brônquios, a respiração, o sistema cerebral e suas ramificações nervosas, a língua, os ouvidos, os intestinos, os braços e as mãos, ela ajuda a vencer a timidez e favorece as relações sociais, intensifica a memória, a agilidade mental, a eloqüência e a capacidade de entender entrelinhas, também ajuda na cura de doenças psicossomáticas.
Vela violeta:
Violeta é a cor da espiritualidade, ela aumenta a nossa capacidade de sacrifício e a perseverança, protege os missionários e os imigrantes, atua sobre o pâncreas e o metabolismo endócrino, na circulação arterial e depuração do sangue, evita processos infecciosos, protege os pés, a pele, os músculos e as cadeiras, auxilia para que as pessoas se livrem de diversos tipos de vícios: cigarro, álcool, drogas, fármacos e as depressões suicidas induzidas por este tipo de dependência.
Vela rosa:
A vela rosa simboliza o amor incondicional e as relações regidas por afeto intenso, provoca a atração e desperta a sensibilidade e os sentimentos nobres e puros, protege o tato, a sensibilidade, o metabolismo, as funções renais, os órgãos sexuais femininos, a região lombar, a derme e o cabelo, ela concede a harmonia necessária que deve haver entre as funções orgânicas, evita o contágio e a propagação das doenças venéreas, assim como a depressão.
Vela azul:
A vela azul representa o prazer de viver e tudo aquilo que nos desperta gosto pela vida, ela estimula a sensualidade, a auto-estima e induz à conquista amorosa, ela protege a garganta, a laringe, a faringe, a tireóide, a língua, as cordas vocais e a fala, o paladar, a Trompa de Eustáquio, o cerebelo, as vértebras cervicais e a nuca.
Vela verde:
A vela verde está ligada ao mundo material, posto que o verde é a cor da natureza, ela simboliza a estabilidade, a fidelidade, a constância, a responsabilidade, a perseverança, a longevidade, o êxito na profissão e no trabalho, a sabedoria e a transcendência, protege os idosos e ajuda a evitar as doenças senis, atua neurológicas e todas as partes do organismo consideradas frágeis e delicadas.
Vela preta:
A cor negra atrai todas as energias do ambiente, tornando-a uma cor perigosa para quem não está preparado, utilizada para quebra de feitiço, limpeza e rituais de banimento.
Vela marrom:
A vela marrom diz respeito à terra, e é uma boa vela quando se deseja fazer um ritual de harmonização com este elemento, também facilita pedidos ligados à fartura e dá mais realismo à visão de alguém que, por algum motivo, esteja iludido.

As formas das velas

Velas quadradas
Mobilizam energias e propostas de teor material, quando buscamos cimentar algo prático e objetivo, agrega solidez e força.
Velas cilíndricas
São elementos de força que promovem a elevação, geram a sensação de superação, usadas para crescimento e orientação, ideais para superar limites e purificação espiritual.
Velas redondas
Ativam e facilitam as mudanças, acender uma vela redonda serve para dar uma injeção de vigor a uma situação que encontra-se adormecida, uma carga de energia.
Velas triangulares ou hexagonais
Quando apresentam ângulos muito marcados geram uma energia de luta e combate, pode-se usar para vencer uma concorrência ou para superar o outro em uma disputa comercial ou judicial.
Velas espiraladas
Quando se busca maior objetividade em assunto em que a fantasia está mesclada com a realidade, as que apresentam a forma de caracol são usadas para claridade mental e sabedoria interior.
Velas de mel
Sugerem doçura e harmonia, indicadas para cumprir desejos de sintonia de casal e para criar bons laços no trabalho.
Velas com símbolos orientais
Quase todos eles são indicados para a prosperidade, sabedoria, saúde, paz e amor, enquanto se queimam, ativam distintos símbolos ou setores de nossa vida.
Velas frutais
Ajudam a indicar a melhor solução ante problemas de trabalho ou de resolução profissional, atraem a fartura e abundância.
Velas flutuantes
Somente se utilizam para propósitos sentimentais em uma relação estável ou para espalhar amor na família, devem ser acesas entre às 12hs e 18hs, durante o dia, enquanto rege o elemento sol para receber toda a força e energia, caso queira fazer um jantar à luz de velas flutuantes pela noite, basta colocar o recipiente com a água em pleno sol por cerca de duas horas e depois colocar as velas flutuantes acesas nesta água.

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