terça-feira, 26 de julho de 2011

Viva Imbolc



Então a Solaruna chega ao seu primeiro Imbolc regada a muita luz e paz.
O Imbolc pelo menos para mim Lugh e meu primeiro aluno, esta data simboliza muito.
O blog entra em recesso para os preparativos deste grandioso festival do fogo comemorado em 1º de agosto.
Eu e todo o grupo Solaruna com o maior prazer e satisfação agradecemos mais uma vez aos Deuses por todas as graças obtidas desde a sua criação, e agradecemos aos caros leitores que nos prestigiam com suas presenças em nosso blog e nos acompanham nesta leitura magica e cheia de conhecimentos.
Desejamos a todos um Feliz Imbolc e que todos seus sonhos e desejos de luz se realizem.
Obrigado!


Lugh Leteruss

Imbolc

Hemisfério Norte: 2 de Fevereiro
Hemisfério Sul: 1o de Agosto

Também conhecido como Imbolc, Oimelc e Dia da Senhora, Candlemas é o Festival do Fogo que celebra a chegada da Primavera. O aspecto invocado da Deusa nesse Sabbat é o de Brígida, a deusa celta do fogo, da sabedoria, da poesia e das fontes sagradas. Ela também é deidade associada à profecia, à divinação e à cura.

Esse Sabbat representa também os novos começos e o crescimento individual, sendo o "afastamento do antigo" simbolizado pela varredura do círculo com uma vassoura, ou vassoura da bruxa, tradicionalmente realizado pela Alta Sacerdotiza do Coven, que usa uma brilhante coroa de 13 velas no topo de sua cabeça.

Na Europa, o Sabbat Candlemas era celebrado nos tempos antigos com uma procissão à luz de archotes para purificar e fertilizar os campos antes da estação do plantio das sementes e para glorificar as várias deidades e os espíritos associados a esse aspecto, agradecendo-lhes.

A versão cristianizada da procissão de Candlemas honra a Virgem Maria e, no México, ela corresponde ao Ano Novo Asteca.

Incensos: manjericão, mirra e glicínia.
Cores das velas: marrom, rosa, vermelha.
Pedras preciosas sagradas: ametista, granada, ônix, turquesa.
Ervas ritualísticas tradicionais: angélica, manjericão, louro, benjoim, quelidônia, urze, mirra e todas as flores amarelas.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A arma do Mago - O anel

A arma do Mago - O anel

Quando você vê anéis de prata a venda nas lojas e joalherias ou, até mesmo, com aquela revendedora amiga que te visita sempre ou trabalha com você; não imagina o simbolismo e as propriedades mágicas que estão por trás dessas jóias sempre cobiçadas.

Por exemplo: Na China, até hoje os anéis de prata são um símbolo místico importante. A Forma circular simboliza a indefinição e o espaço interno (o furo) é o lugar por onde as energias celestes passam.

A prata sempre foi associada ao místico e ao sobrenatural. Vinculada a lua; é considerada um metal com poderes de provocar premonições. E os anéis de prata, eram usados por magos e bruxos para lhe conferirem poderes místicos. Por suas propriedades anti-sépticas, a prata sempre foi ligada à purificação. E os anéis de prata, também eram muito procurados para protegerem seus usuários dos “maus espíritos” e das doenças. Muitos achavam que o uso de anéis de prata os protegia também das criaturas sinistras e dos monstros que vagavam pela noite a luz da lua. Ainda hoje, nos chegam estórias de “seres sombrios”: como vampiros e lobisomens, que temem a prata e qualquer objeto feito dela. Na Idade Média, acreditava-se que se você pedisse algo para a lua através de um anel de prata, seu pedido seria atendido mais rapidamente.
Mágicos ou não, o fato é que os anéis de prata sempre foram um acessório desejado por homens e mulheres em muitas culturas. Com uma estreita relação com seres místicos, duendes, fadas, anões, elfos e outros elementais (seres ligados à natureza e as suas manifestações). Alguns anéis de prata místicos são amplamente difundidos nos meios esotéricos de hoje. São eles:
O “Anel Atlante” – Segundo os círculos esotéricos esses anéis protegem e neutralizam determinados perigos e más influências. Também restauram funções orgânicas e combatem dores e o esgotamento físico e mental. Melhora o esqueleto e a função cerebral como um todo. Aqueles que usam esses anéis de prata, também ficam dotados de uma extraordinária intuição e sensibilidade. Passando a sintonizar-se com as vibrações astrais; normalmente ignoradas pelas pessoas “normais”. O mais espetacular e estranho desses anéis, é que segundo a lenda, seu poder não vem da prata ou de qualquer emanação magnética, mental ou religiosa. O poder advindo desses anéis é oriundo apenas de reações incríveis que tem origem nas micro-vibrações da peça.
O “Anel Místico do Amor” “Matasmitava – Tavesi Mamati”– Esses anéis de prata são considerados como peças fundamentais se você deseja vencer num relacionamento amoroso. A mitologia desses anéis, diz que você “antes de possuir, deve dar”; e assim, o costume manda que você presenteie seu amado com um desses anéis de prata. Pois, na vida, sempre que queremos algo é necessário que plantemos a semente. E presentear alguém com um desses anéis, faz com que as energias do universo se unam para que seu amor torne-se realidade.
O “Anel Tibetano” – Esses anéis de prata possuem gravados o mantra “Om Mani Padme Hum”; que significa: “Eu sou o que sou, Eu estou em ti e tu estas em mim”. Esse mantra poderosíssimo evoca a transmutação do físico em divino. Segundo os sábios e praticantes, as pessoas que possuem um desses anéis de prata, conseguem vivenciar uma experiência de contato com as divindades muito vívidas. Fazendo assim, com que suas próprias almas evoluam para estágios mais superiores em menos tempo.

Seja você um “crente” nos poderes místicos dos anéis de prata ou não, a verdade é que esses anéis sempre foram uma ótima opção de presente e um acessório sempre desejado.

Significado espiritual da escolha dos dedos onde colocamos os anéis

Existe um significado espiritual na escolha dos dedos onde colocamos os anéis; os orientais acreditam que eles estão vinculados a um centro de energia, conhecidos como chacras.

Dedo mínimo:
Está ligado ao chacra sexual; se você gosta de usar anéis neste dedo está demonstrando que sua sexualidade tem um papel muito importante na sua vida; é bastante sensual, atraente e sedutor. Ao utilizar um anel (mão esquerda ou direita) você ficará protegido de pensamentos inferiores como a inveja. Se desejar, use anéis com pedras negras como a turmalina ou hematita.

Dedo anelar:
Quem gosta de usar anéis no anular é bondoso e está sempre preocupado com os problemas alheios. É um defensor do amor e da família. Além disso, tem óptima capacidade de expressão. Os anéis indicados são aqueles confeccionados com pedras de citrino, esmeralda, âmbar, pois actuam junto ao chackra supra-renal, ligado ao útero, ovários, rins, fígado etc.

Dedo mediano:
Se você usa anéis no mediano, provavelmente está cansado e com falta de energia, especialmente quando frequenta lugares muito movimentados. Já deve ter ocorrido de tirar o anel do anular e colocá-lo no mediano? Isso é um indicativo de que é mais receptor do que doador, pois é dele que entram e saem as energias subtis. Procure usar anéis com quartzo-rosa ou ametista; este meridiano está ligado ao estômago e ao coração.

Dedo indicador:
Este dedo está associado ao chackra laríngeo e indica poder; quem usa anéis neste dedo revela que é do tipo dominante, tem bom gosto e tem o poder de oratória. É atraído por produtos caros e sabe tudo o que se passa nas finanças. Gosta de negociar e sempre obtém lucro em suas transações comerciais. As pedras mais indicadas são lápis-lazúli ou água marinha. O anel usado neste dedo serve de varinha mágica para o Mago

Dedo polegar:
Este dedo está associado ao chackra localizado no alto da cabeça. Se você gosta de usar anéis neste dedo, demonstra ter apreço ao conhecimento espiritualista e defende com todas as forças seu ponto de vista. Adora viver em liberdade e conhecer coisas novas. O ideal é usar anéis com uma pedra de cristal de quartzo translúcido (branco).

Todo anel místico deve ser consagrado para que ele tenha poder, proteja o Mago e para que todos os seres espirituais obedeçam e respeite o seu usuário (o Mago).

Pesquisa: Arsenal Gnóstico
Fonte:- Do livro "O anel consagrado de Salomão"
Autor:- Pascoal gomes

domingo, 24 de julho de 2011

7 poderes que divinizam o homem


Quando nos damos conta da existência daquela parte divina dentro de cada um de nós; quando descobrirmos com a emoção mais profunda do coração que essa divindade íntima quer que desvendemos as esferas superiores de nossa Consciência; enfim, quando em nossas viagens internas começamos a responder à inteligência do Pai Íntimo, então sim, como filhos pródigos poderemos nos considerar um Deus, em potencial.

A investigação de nossa Alma nos faz crer que existem poderes que levariam nossa vida a uma mudança tão radical que os limites de nosso cotidiano se confundiriam com o Ilimitado. Com o uso de sons vocálicos, mântricos, podemos conquistar nossa herança mágica, perdida num passado longínquo. Mantras são invocações sonoras que o mago utiliza para harmonizar seu corpo e seus Centros com as forças mais sutis da Natureza(sobre esse tema trataremos em posterior capítulo).

Os homem possui ao todo 12 poderes, ou sentidos. Cinco sentidos físicos (olfato, audição, paladar, tato e visão) e sete suprafísicos, atrofiados na grande maioria de nós. Eventualmente um ou outro sentido suprafísico se manifesta, dando-nos a certeza de que eles existem. Esses poderes são:

1.Clarividência


2.Clariaudiência


3.Intuição


4.Telepatia


5.Viagem Astral


6.Recordação de Vidas Passadas


7.Polividência

1. Clarividência: É a Terceira Visão.Com este poder, apresenta-se ante nosso olho interior todo o universo oculto, as dimensões superiores e inferiores, os elementais e os anjos, os corpos sutis, os desencarnados e as formas-pensamento. Desenvolve-se a clarividência despertando o chacra frontal (entre as sobrancelhas) e trabalhando-se a Ira. As virtudes são paciência, serenidade e Imaginação consciente (não confundir com Fantasia). A cor deste chacra é azul com matizes de rosa. O mantra para seu despertar é INRI...


2. Clariaudiência: É o chamado Ouvido Interno ou Oculto. Com este sentido podemos escutar a voz dos desencarnados, dos Mestres, a Música das Esferas, compreender cada palavra pronunciada, valorizar a virtude do amor à Verdade e compreender as Leis de Causa e Efeito. O chacra deste sentido é o Laríngeo, situado na base da garganta. Suas cores são índigo e prata. O mantra é ENRE...

3. Intuição: É a voz divina que nos fala por meio do Cárdias, o chacra do coração. Com este sentido captamos o profundo significado das coisas e ficamos sabendo com antecedência o que fazer. Os místicos afirmam que este chacra desenvolvido nos dá também o poder da levitação (Jinas). A virtude para este chacra é o Amor. E a cor é o dourado. O mantra é ONRO...

4. Telepatia: Quando andamos pela rua, pensamos em alguém e logo passamos por ele; isso se chama captação de pensamento, e é despertado com as virtudes do respeito a tudo e a todos, a discrição, o não julgar a ninguém. O chacra é o do plexo solar, na altura do umbigo. É chamado de Solar por ser o acumulador dos átomos ígneos que vêm do Sol. Aclaramos que a Transmissão das ondas de pensamento se faz por meio do chacra frontal e a captação pelo solar. As cores são o verde e o amarelo.O mantra é UNRU...

5. Viagem Astral: Todos, sem exceção, saímos do corpo físico nas horas de sono. Nossos sonhos são vivências (quase sempre inconscientes) de fatos ocorridos no mundo astral, ou quinta dimensão. Quem de nós, em um dado momento, estando relaxados, de repente pensamos em alguma coisa e nosso corpo sente um leve choque, como que assustados? Na verdade, sem o saber, estivemos saindo gradativamente do corpo físico e voltamos bruscamente. Quando um indivíduo domina relativamente esse poder, consegue conversar com os mestres e todos os desencarnados, penetrar nos templos das igrejas elementais, viajar a qualquer lugar do mundo, acima e sob a terra. Quando todos os chacras, especialmente o cardíaco, prostático e hepático, estão em perfeita sintonia com as forças sutis do Cosmos, a saída astral se torna mais consciente. A virtude é a Vontade e os defeitos a serem trabalhados são a preguiça, o medo e a gula. A cor é o azul celeste. O mantra é FARAON...

6. Recordação de Vidas Passadas: Essa função depende de um sistema nervoso equilibrado, ou seja, um cérebro e uma coluna vertebral carregados de energias transmutadas. Porém, os chacras ligados a esse poder são os pulmonares, que se situam na parte superior das costas. A virtude requerida para o despertar desse centro é a Fé consciente e serena. Trabalhando-se com os chacras pulmonares conseguimos absorver a experiência e o conhecimento acumulado de vidas passadas. A cor é o violeta.O mantra é ANRA...

7. Polividência: É a virtude dos atletas da meditação, dos adeptos do Êxtase espiritual. O chacra coronário, o do topo da cabeça, é a porta de entrada e saída da Essência. A polividência é a capacidade da nossa consciência, ou Essência, desligar-se completamente de seus sete corpos e penetrar na Realidade Única, na essência profunda e na razão de ser das coisas. Todas as sete cores ao mesmo tempo. O mantra sagrado é TUM...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Energia Utilizada nos Feitiços

Energia Utilizada nos Feitiços


Existem vários Feitiços de acordo com a Energia utilizada:

Energia Natural - É a Energia dos elementos da Natureza, como Ervas, Cristais, Componentes animais e também o uso das linhas de força do Planeta, conhecidas como Força Telúrica.

Energia Elemental - É aquela em que a Bruxa pede ajuda a seres ligados aos Quatro Elementos (Água, Fogo, Terra e Ar), isto é, trabalha com os Gnomos, Fadas, Salamandras, Silfos, Dragões e outros seres do mundo Astral.

Energia Planetária - Como o próprio nome diz, é o trabalho com as Energias dos Planetas. As Bruxas, de um modo especial, trabalham com a chamada Energia Lunar, pois a Lua é um refletor não só da Energia Solar como da Energia de todos os Planetas do nosso sistema.

Energia Divina - É quando a Bruxa trabalha diretamente com os Deuses, evocando seu poder para o trabalho mágico.


Energia Pessoal - É aquela gerada interiormente, ou seja, da própria fonte de Energia interna da Bruxa. Essa Energia é chamada Kundalini no Oriente, e nada mais é do que a energia Sexual do ser humano, que, na verdade, é a nossa maior fonte de Poder Pessoal. 

Leis hermeticas

Leis Herméticas

As sete principais leis herméticas se baseiam nos princípios incluídos no livro "O Caibalion" que reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas. A palavra Caibalion, na língua hebraica significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Cabala, que em hebraico, significa recepção.

Lei do Mentalismo

"O Todo é Mente; o Universo é mental." (O Caibalion)
O universo funciona como um grande pensamento divino. É a mente de um Ser Superior que 'pensa' e assim é tudo que existe. É o todo. Toda a criação principiou como uma ideia da mente divina que continuaria a viver, a mover-se e a ter seu ser na divina consciência.
A matéria são como os neurônios de uma grande mente, um universo consciente e que 'pensa'. Todo o conhecimento flui e reflui de nossa mente, já que estamos ligados a uma mente divina que contém todo o conhecimento.

Lei da Correspondência

"O que está em cima é como o que está embaixo. E o que está embaixo é como o que está em cima"(O Caibalion)
A perspectiva muda de acordo com o referencial. A perspectiva da Terra normalmente nos impede de enxergar outros domínios acima e abaixo de nós. A nossa atenção está tão concentrada no microcosmo que não nos percebemos o imenso macrocosmo à nossa volta.
O principio de correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo é também verdadeiro no microcosmo e vice-versa. Portanto podemos aprender as grandes verdades do cosmo observando como elas se manifestam em nossas próprias vidas.

Lei da Vibração

"Nada está parado, tudo se move, tudo vibra".
No universo todo movimento é vibratório. O todo se manifesta por esse princípio. Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso. Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo é movimento.
Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel, mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia. A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento.

Lei da Polaridade

''"Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados"(O Caibalion)
A polaridade revela a dualidade, os opostos representando a chave de poder no sistema hermético. Mais do que isso, os opostos são apenas extremos da mesma coisa. Tudo se torna idêntico em natureza. O pólo positivo + e o negativo - da corrente elétrica são uma mera convenção.
O claro e o escuro também são manifestações da luz. A escala musical do som, o duro versus o flexível, o doce versus o amargo. Amor e o ódio são simplesmente manifestações de uma mesma coisa, diferentes graus de um sentimento.

Lei do Ritmo

"Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação".
Pode se dizer que o princípio é manifestado pelo nascimento, morte e renascimento, ascensão e queda, da conversão energia cinética para potencial e da potencial para cinética . Os opostos se movem em círculos.
Esse princípio pode ser observado pelo movimento dos astros, planetas que giram de forma circular á suas estrelas-mães, que giram em torno do centro de seus sistemas solar, cada sistema solar ou estrela não circundada por planetas, gira ao redor do centro da galáxia, passando pelos braços da galáxia. As gálaxias giram ao redor de outras gálaxias. O homem nasce, desenvolve-se, morre e renasce.

Lei do Gênero

"O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero se manifesta em todos os planos da criação".
Os princípios de atração e repulsão não existem por si só, mas somente um dependendo do outro. Tudo tem um componente masculino e um feminino independente do gênero físico, todos possuem os dois genêros e manifestam fisicamente apenas um, nada é 100% masculino ou feminino, mas sim um balanceamento desses gêneros. O gênero não-manifesto é o gênero mental.
Existe uma energia receptiva feminina e uma energia projetiva masculina, a que os chineses chamavam de ying yang. Nenhum dos dois pólos é capaz de criar sem o outro. É a manifestação do desejo materno com o desejo paterno.

Lei de Causa e Efeito

"Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei".
Nada acontece por acaso, pois não existe o acaso, já que acaso é simplesmente um termo dado a um fenômeno existente e do qual não conhecemos e a origem, ou seja, não reconhecemos nele a Lei à qual se aplica.
Esse princípio é um dos mais polêmicos, pois também implica no fato de sermos responsáveis por todos os nossos atos. No entanto, esse princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a antiguidade. Também é conhecido como karma.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Os elementos segundo Hermetismo

Sobre os Elementos


Tudo o que foi criado, o macrocosmo e o microcosmo, portanto o grande e o pequeno mundos, formaram-se através dos elementos. Por causa disso pretendo, já no começo da iniciação, ocupar-me justamente dessas forças a mostrar especialmente sua profundidade a seu múltiplo significado. Até hoje se falou muito pouco, na literatura oculta, sobre as forças dos elementos, por isso resolvi assumir a tarefa de tratar desse assunto ainda inexplicado e erguer os véus que encobrem as suas leis. Não é nada fácil esclarecer os não-iniciados de modo a levar ao seu conhecimento não só a existência e a ação desses elementos, mas também dar a esses leitores a possibilidade de trabalhar posteriormente com essas forças na prática.

O Universo todo iguala-se ao mecanismo de um relógio, com engrenagens mutuamente dependentes. Até mesmo o conceito da divindade como a entidade de alcance mais elevado, pode ser classificado de modo análogo aos elementos, em certos aspectos. Há mais detalhes sobre isso no capítulo que trata do conceito de Deus.

Nos escritos orientais mais antigos os elementos são definidos pelos Tattwas. Na nossa literatura européia só lhes damos atenção na medida em que enfatizamos seus bons efeitos ou apontamos suas influências desfavoráveis, o que quer dizer portanto que sob a influência dos Tattwas determinadas ações podem ser levadas adiante ou devem ser deixadas de lado. Não há dúvidas sobre a autenticidade desse fato, mas tudo o que nos foi revelado até hoje aponta só para um aspecto muito restrito dos efeitos dos elementos. A prova dos efeitos dos elementos em relação aos Tattwas, para o use pessoal, consta de modo suficientemente explícito nas obras astrológicas.

Porém eu penetro mais profundamente no segredo dos elementos, a por isso escolho uma outra chave, aliás análoga à astrológica, mas que não tem nada a ver com ela. Pretendo ensinar as diversas maneiras de utilizar essa chave até agora desconhecida para o leitor. Trato cada uma das funções, analogias a efeitos dos elementos, em seqüência e com mais detalhes, nos capítulos subseqüentes. Além de desvendar o seu lado teórico, também mostro a sua utilização prática, pois é justamente nela que reside o maior arcano.

Sobre esse grande conhecimento secreto dos elementos já se escreveu no mais antigo livro da sabedoria esotérica, o Tarot, cuja primeira carta, o mago, representa o conhecimento e o domínio dos elementos. Nessa primeira carta os símbolos são: a espada, que simboliza o elemento fogo; o bastão, que simboliza o elemento ar; o cálice, o elemento água; a as moedas o elemento terra.

Aqui podemos perceber que já nos antigos mistérios apontava-se o mago como primeira carta do Tarot, a assim se escolhia o domínio dos elementos como primeiro ato da iniciação. Em homenagem a essa tradição quero também dedicar a maior atenção sobretudo a esses elementos, pois como veremos adiante, a chave para os elementos é um meio universal com o qual se pode solucionar todos os problemas que surgem. De acordo com os indianos, a seqüência dos Tattwas é a seguinte:

·  Akasha - o princípio etérico;
Ovo negro

·  Tejas - o princípio do fogo;
Triângulo Vermelho

·  Waju - o princípio do ar;
Círculo Azul

·  Apas - o princípio da água;
Crescente Prateado

·  Prithivi - o princípio da terra;
Quadrado Amarelo

De acordo com a doutrina hindu os quatro Tattwas mais densos formaram-se a partir do quinto Tattwa, o princípio akáshico. Por isso o Akasha é o princípio original, e é considerado como a quinta força, a assim chamada quintessência. Esclarecimentos mais detalhados sobre o Akasha, o elemento mais sutil de todos, serão apresentados ao leitor no capítulo correspondente. As características específicas de cada elemento também serão mencionadas em todos os capítulos subseqüentes, iniciando-se nos planos mais elevados a descendo até a matéria mais densa, inferior. Como o próprio leitor poderá perceber, não será uma tarefa fácil analisar um segredo tão grande da criação a colocá-lo em palavras, de modo a dar a todos a possibilidade de penetrar nesse assunto e construir uma imagem plástica dele.

Mais adiante falarei também sobre a decomposição dos elementos, além de mostrar seu valor prático, para que cada cientista, seja ele químico, médico, hipnotizador, ocultista, mago, místico, cabalista, iogue, etc., possa extrair disso a sua utilização na prática. Se eu conseguir informar o leitor a ponto de pelo menos permitir que ele penetre nesse assunto sabendo utilizar a chave prática naquele campo do conhecimento que lhe agrada mais, então o objetivo do meu livro terá sido alcançado.

O Princípio do Fogo

 Tejas - Triângulo Vermelho

Como tivemos oportunidade de mencionar, o Akasha, ou Princípio Etérico, é a origem da criação dos elementos. O primeiro elemento que de acordo com os escritos orientais nasceu do Akasha, é Tejas, o princípio do fogo. Esse elemento, como todos os outros, não age só em nosso plano denso, material, mas em tudo o que foi criado. As características básicas do princípio do fogo são o calor e a expansão; é por isso que no começo da criação tudo era fogo a luz. A bíblia também diz: "Fiat lux - que se faça a luz". Naturalmente a base da luz é o fogo. Cada elemento, inclusive o fogo, possui duas polaridades, a ativa e a passiva, Le., Plus a Minus (mais a menos). A Plus é a construtiva, criadora, geradora, enquanto que a Minus é a desagregadora, exterminadora.

Sempre se deve considerar essas duas características básicas de cada elemento. As religiões atribuem o bem ao lado ativo e o mal ao lado passivo; mas em princípio o bem e o mal não existem, eles são apenas conceitos da condição humana. No Universo não existem coisas boas ou más, pois tudo foi criado segundo leis imutáveis. É justamente nessas leis que se reflete o princípio divino, a só na. posse do conhecimento dessas leis é que podemos nos aproximar do divino.

A explosão é inerente ao princípio do fogo, a será definida como fluido elétrico para fins de formação de uma imagem. Sob esse conceito nominal compreende-se não só a eletricidade material, densa, apesar de ter com esta uma condição análoga, como veremos a seguir. Naturalmente torna-se claro para qualquer pessoa que a característica da expansão é idêntica à da extensão. Esse princípio do elemento fogo é ativo a latente em tudo o que foi criado, portanto em todo o Universo, desde o menor grão de areia até as coisas visíveis a invisíveis mais elevadas.

O Princípio da Água

Apas - Crescente Prateado

No capítulo anterior tomamos conhecimento da criação a das características do elemento positivo fogo. Neste capítulo descrevo o princípio contrário, o da água. Assim como o fogo, ele também se formou a partir do Akasha, o princípio etérico.

Em comparação com o fogo porém, ele possui características totalmente opostas; suas características básicas são o frio e a retração. Aqui também se tratam de dois pólos: o pólo ativo, que é construtivo, doador de vida, nutriente a preservador; e o negativo, igual ao do fogo, desagregador, fermentador, decompositor, dissipador. Como o elemento água possui em si a característica básica da retração, ele deu origem ao fluido magnético. Tanto o fogo quanto a água agem em todas as regiões. Segundo a lei da criação, o princípio do fogo não poderia existir se não contivesse um pólo oposto, ou seja, o princípio da água. Esses dois elementos, fogo e água, são aqueles elementos básicos com os quais tudo foi criado. Por causa disso é que em todos os lugares sempre temos que contar com dois elementos principais como polaridades opostas, além do fluido magnético a elétrico.

O Princípio do Ar

Waju - Círculo Azul

Outro elemento que se formou a partir do Akasha é o ar. Os iniciados encaram esse princípio não como um elemento real, mas colocam-no numa posição intermediária entre o princípio do fogo e o da água; o princípio do ar, como meio, por assim dizer, produz um equilíbrio neutro entre os efeitos passivo a ativo do fogo a da água. Através dos efeitos alternados dos elementos passivo a ativo do fogo a da água, toda a vida criada tomou-se movimento.

Em seu papel intermediário, o princípio aéreo assumiu do fogo a característica do calor, a da água a da umidade. Sem essas duas características a vida não seria possível; além disso elas também conferem ao princípio aéreo duas polaridades: no efeito positivo a da doação da vida, a no negativo, a exterminadora.

Quanto aos elementos citados, devemos acrescentar que não se tratam de fogo, água a ar comuns - na verdade só aspectos do plano material denso - más sim de características universais dos elementos.

O Princípio da Terra

Prithivi - Quadrado Amarelo

Já dissemos que o princípio do ar não representa propriamente um elemento em si, a essa afirmação vale também para o princípio da terra. Isso significa que, do efeito alternado dos três elementos mencionados em primeiro lugar, o elemento terra formou-se por último, pois através de sua característica específica, a solidificação, ela integra em si todos os outros três. Foi justamente essa característica que conferiu uma forma concreta aos três elementos. Ao mesmo tempo porém foi introduzido um limite ao seu efeito, o que resultou na criação do espaço, da dimensão, do peso, e do tempo. Em conjunto com a terra, o efeito recíproco dos outros três elementos tomou-se quadripolar. O fluido na polaridade do elemento terra é eletromagnético. Como todos os elementos são ativos no quarto elemento(o da terra) toda a vida criada pode ser explicada. Foi através da materialização da vida nesse elemento que surgiu o "Fiat", o "faça-se".

Outras explicações mais detalhadas dos efeitos específicos dos elementos nas diversas esferas a reinos, como no reino da natureza, no reino animal, no reino humano, etc., poderão ser encontradas no conteúdo subseqüente do livro. O importante é que o leitor consiga ter uma idéia geral do funcionamento a dos efeitos dos princípios dos elementos em todo o Universo.

A Luz


O princípio do fogo é a base da luz; sem ele a luz jamais poderia existir. Por isso ela é um dos aspectos do fogo. Todos os elementos do fogo podem ser convertidos em luz a vice versa. É por isso que a luz contém todas as características específicas: é luminosa, penetrante, expansiva. O oposto da luz é a escuridão, que surgiu do princípio da água, a possui as características específicas opostas às da luz. Sem a escuridão a luz não só seria irreconhecível, como não poderia existir. Assim podemos perceber que a luz e a escuridão surgiram a partir da alternância de dois elementos, ou seja, do fogo a da água. Em seu efeito, a luz possui a característica positiva e a escuridão a negativa. Essa alternância ocorre em todas as regiões.

O Akasha, ou o Princípio Etérico

Ovo negro

Na descrição dos elementos, eu mencionei que estes surgiram a partir do princípio etérico. Por causa disso ele é o mais elevado de todos, o mais poderoso a inimaginável; ele é a origem, o fundamento de todas as coisas a de toda a criação. Em resumo, ele é a esfera primordial. É por isso que o Akasha é isento de espaço e de tempo. Ele é o não criado, o incompreensível, o indefinível. As religiões chamam-no de Deus. Ele é a quinta força, a força primordial; ele é aquilo que contém tudo o que foi criado a que mantém tudo em equilíbrio. É a origem e a pureza de todos os pensamentos e idéias, é o mundo das coisas primordiais no qual se mantém tudo o que foi criado, desde as esferas mais elevadas até as mais baixas. É a quintessência dos alquimistas. É tudo em todas as coisas.

Feliz Dia do Amigo



Hoje dia 20 de julho, o Circulo de Estudos da Arte Solaruna Vem através deste deseja e parabenizar a todos os nossos amigos visíveis e invisíveis que nos acompanham e nos ajudam nesta caminhada de paz e luz, desejamos a todos que os Deuses iluminem cada coração e acenda uma luz no caminho de cada um que contribue de alguma forma para que o mundo cresça e se desenvolva em luz e paz, e para aqueles que ainda nao contribuem que a mesma luz as encaminhem para o caminho certo que é pessoal e único!
Desejamos paz e luz a todos.
Um eterno Obrigado.
Feliz dia dos Amigos.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Saber, querer, ousar, calar

Conhecer, Ousar, Querer a Calar são os quatro pilares principais do templo de Salomão, portanto do macro a do microcosmo sobre os quais foi erigida a sagrada ciência da magia. Relativa­mente aos quatro elementos, são estas as características básicas que todo mago deve possuir se quiser alcançar o grau mais elevado desta ciência.
O saber mágico pode ser adquirido por qualquer um através de um estudo intenso, e o conhecimento de suas leis possibilita ao aprendiz alcançar, gradativamente, o estágio mais elevado da sabedoria.
Querer: É um aspecto da vontade que só pode ser alcançado com tenacidade, paciência a persistência no estudo da ciência sagrada a na sua aplicação prática. Quem pretende não só satisfazer sua curiosidade, mas levar a sério o seu estudo a escalar o caminho que o levará às mais luminosas alturas, precisará dispor de uma vontade inquebrantável.
Ousar: Quem não teme sacrifícios nem obstáculos, a também não dá atenção às opiniões dos outros, mas mantém o objetivo sempre à sua frente sem se importar se terá sucesso ou fracassará, receberá a melhor das recompensas.
Calar: Quem gosta de se gabar a se promover exibindo sua sabedoria, não poderá nunca ser um verdadeiro mago. Um mago não precisa assumir ares de autoridade, muito pelo contrário, ele se esforça em não aparecer. Calar é ouro! Quanto mais ele se calar sobre as próprias experiências a conhecimentos, sem se isolar das outras pessoas, tanto mais poderes ele obterá da fonte primordial. Portanto, quem quiser obter o conhecimento e a sabedoria deverá empenhar‑se em adotar essas quatro qualidades básicas, sem as quais ninguém conseguirá alcançar as coisas essenciais da magia sagrada.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Magia...

O QUE É MAGIA?



 
                Como dizia Aleister Crowley (1875-1947), o famoso e controvertido Mago inglês: “Magia é a Ciência e a Arte de provocar mudanças de acordo com a Vontade”. Portanto, Magia é a ciência e a arte de provocar mudanças, que ocorrem em conformidade com a vontade.
E essas mudanças, ocorrem aonde, em que Esfera ou Plano?
Segundo o mesmo Aleister Crowley, elas ocorrem no mundo material, portanto, no plano físico. Segundo Dion Fortune, uma das mais conhecidas ocultistas britânicas deste século, porém, essas mudanças ocorrem na consciência individual do Mago.
De qualquer corrente que abracemos, temos três coisas distintas e de suma importância:

1) não importa qual definição usada para "Magia", o resultado real é o mesmo;
2) o resultado obtido é de aparente mudança no mundo material, pouco importando se a mudança ocorreu no mundo material ou somente na psique do operador;
3) Magia funciona.
 
Para se ter uma idéia mais ampla do que exprime a palavra "Magia", devemos separá-la da feitiçaria ou bruxaria. E como fazê-lo? Simples. Na feitiçaria/bruxaria, não se compreende a forma de operação dos Elementos da natureza, não se busca desenvolver adequadamente e de forma equilibrada o conjunto de qualidades herméticas do homem (e da mulher), além do que se busca nos elementos materiais mais densos (pedras, folhas, fogo material, etc.) a essência dos Elementos dos quais emanam. Quer dizer, usa-se uma fogueira para atrair a energia do Elemento Fogo, e assim por diante.
Para termos a Magia bem definida, deveremos compreender que a mesma não se divide simplesmente em "branca" ou "negra", egoísta ou altruísta, e outras definições de cunho moral: divide-se, isto sim, em DOGMÁTICA e PRAGMÁTICA.
DOGMÁTICA é a forma de Magia que faz uso de símbolos alheios aos pessoais, simbologia essa díspar daquela pertencente ao sub-consciente do operador.
É a forma de Magia ensinada nas obras tradicionais do assunto, e nas Escolas idem.
PRAGMÁTICA é a que faz uso apenas dos símbolos pessoais, do fator de ressurgência atávica, do simbolismo presente no sub-consciente do operador.
Muitas Escolas de Magia têm-se mantido no sistema Dogmático, enquanto as mais modernas buscam no sistema Pragmático uma saída inteligente. Entre estas, podemos citar os seguidores dos Mestres FRANZ BARDON, PASCAL BEVERLY RANDOLPH, AUSTIN OSMAN SPARE e ALEISTER CROWLEY. Entre os seguidores de Aleister Crowley, que se auto-denominam "THELEMITAS" ou seguidores de Thélema (Verdade), há os que não entenderam bem seus ensinamentos, criando sistemas Dogmáticos. Há, porém, os que seguem de forma inteligente seus ensinamentos, pois ser Thelemita é ter sua própria "religião", seu próprio Deus, posto que Aleister Crowley dizia "não existe Deus senão o homem". Entre os mais brilhantes seguidores dos citados Mestres acima, destaco um grupo que se denomina "Círculo do Caos" ou I.O.T. (Illuminates of Thanateros, Iluminados de Thanateros), fundado pelo meu amigo Peter James Carroll, com a colaboração de outras cabeças especiais como Isaac Bonewitz, Adrian Savage, Frater U.: D.:, entre tantos outros.
Creio firmemente que a Magia Pragmática permitirá o resgate completo da "Ciência Sagrada".
     Os dois tipos de Magia, Dogmática e Pragmática, podem estar presentes em quaisquer dos Níveis Operacionais de Magia, como veremos abaixo:
 
1)       Os "Cinco Atos Mágicos Clássicos":

     A) Evocação;
     B) Divinação;
     C) Encantamento;
     D) Invocação;
     E) Iluminação.
 
Os "Cinco Atos Mágicos Clássicos" podem estar presentes nos "Cinco Níveis de Atividade Mágica":
 
2)       Os "Cinco Níveis de Atividade Mágica":
 
A)      Feitiçaria;
B)      Shamanismo;
C)      Magia Ritual;
D)      Magia Astral;
E)       Alta Magia.
 
Para definir melhor o que foi dito nos dois itens acima, vejamos a seguir breves definições de ambos: (versão livre do "Liber KKK", contido na obra "Liber Kaos", de autoria de Peter James Carroll).
 
 
Nível de Feitiçaria 


–         Evocação – o Mago cria, artesanalmente, uma imagem, uma escultura, um assentamento; as funções podem ser as mais diversas, definidas pelo Mago; o fetiche é tratado como um ser vivo; pode ou não conter elementos do Mago.
 
–         Divinação – um modelo simples do universo é preparado pelo Mago, para usá-lo como ferramenta divinatória; Runas parecem adequadas; Geomancia é o ideal; I-Ching e Tarot são bons também; usar bastante, em todas as situações, mantendo um diário com todos os resultados obtidos sendo anotados.
 
–         Encantamento – para essa função pode-se utilizar uma série de instrumentos, mas em especial deve-se obter uma ferramenta especial, de significado distinto para o Mago; para fazer o encantamento, o Mago faz uma representação física do objeto do desejo, usando as ferramentas mágicas para realizar a teatralização do ato; por exemplo, o bonequinho representando a pessoa, é batizado ou coisa que o valha, depois roga-se pragas sobre o mesmo, então se espeta ele todo com alfinetes, representando ferimentos na vítima.
 
–         Invocação – aqui o Mago testa os limites de sua habilidade de criar mudanças arbitrárias causadas por modificações estudadas do ambiente e de comportamento; por exemplo, decorar todo o Templo como se fosse um Templo de um Deus Egípcio, vestir-se como tal Deus, personificando-o durante determinado período de tempo. É o que os iniciados fazem quando "incorporam" seu Orixá.
 
–         Iluminação – aqui o Mago busca a eliminação das fraquezas e o concomitante fortalecimento de suas virtudes. Algo como uma introspecção deve ser realizada, para conhecer as próprias qualidades e os próprios defeitos.
 
 
Nível Shamânico 

–         Evocação – o Mago busca estabelecer uma visualização de uma entidade por ele projetada, para realizar seus desejos; muitas vezes, pode-se visualizar a mesma Entidade que se "assentou" no nível de feitiçaria. Pode-se interagir com essas entidades em sonho, donde se tira o conceito do "parceiro astral".
 
–         Divinação – consiste, basicamente, em visões respondendo a questões específicas; o Mago interpreta a visão de acordo com seu simbolismo pessoal.
 
–         Encantamento – o Mago tenta imprimir sua vontade no mundo exterior por uma visualização simbólica ou direta do efeito desejado.
 
–         Invocação – aqui o Mago retira conhecimento e poder do atavismo, em geral do atavismo animal; para isso, o Mago deve ser "tomado" por alguma forma de atavismo animal. A imitação da atitude do animal em questão ajuda muito esta operação.
 
–         Iluminação – o Mago visualiza sua própria morte, seguido do desmembramento de seu corpo; então, deve visualizar a reconstrução de seu corpo e a seguir seu renascimento. É a chamada "jornada" dos Shamãns.
 
 
Nível de Magia Ritual

 
–         Evocação – o Mago pode evocar a Entidade já trabalhada nos dois níveis anteriores, ou então qualquer outra. Em geral, um sigilo desenhado em papel, simbolizando a Entidade evocada, é o que basta para criar o vínculo necessário entre a mente do Mago e a Entidade que se deseja evocar.
 
–         Divinação – qualquer instrumento de divinação serve, mas o Mago deve, antes da prática, sacralizar os instrumentos da divinação, por meio de algum tipo de prática. Métodos complexos servem tão bem quanto os simples, mas uma atitude da mente, mantendo um estado de consciência algo alterado, é imprescindível.
 
–         Encantamento – aqui entram em ação as "Armas Mágicas", que variam de acordo com o Mago, dentro, é claro, de um simbolismo universal. A concentração deve ser no ritual, ou no sigilo, ao invés de na realização do desejo; o sigilo é traçado com a ferramenta mágica, no ar, e a mente é levada a um estado alterado de consciência. Assim, entra em ação a mente inconsciente, mais poderosa nessas operações.
 
–         Invocação – o Mago busca saturar seus sentidos com as experiências correspondentes a, ou simbólicas de, alguma qualidade particular que busca invocar; no caso, pode ser dos Arquétipos Universais, através da decoração do Templo e de sua pessoa com côres, aromas, símbolos, pedras, plantas, metais e sons correspondentes aquele Arquétipo desejado. O Mago tenta ser "possuído" pela Entidade em questão; as clássicas Formas-Divinas ou Posturas-Mágicas tem uso aqui; antes de qualquer Evocação Mágica, o Mago deve Invocar Deus, tornando-se ele.
 
–         Iluminação – tem a característica de buscar (e encontrar) esferas de poder dentro de nós mesmos; aqui cabe o sistema de iniciação hermética ensinado por Franz Bardon em seu "Initiation Into Hermetics".
 
 
Nível de Magia Astral 

Todas as operações deste nível são idênticas a todas as praticadas nos três níveis anteriormente descritos, exceto que são realizadas apenas em âmbito mental, isto é, na mente do Mago. Portanto, tudo ocorre nos planos interiores do Mago, desde a construção de seu Templo, até as OPERAÇÕES mais práticas.
 
 
Nível de Alta-Magia

As operações neste nível são elevadas, devendo ser praticadas somente por quem já seja um Iniciado pelo sistema de Franz Bardon; as OPERAÇÕES neste nível são as cobertas pelos três trabalhos subseqüentes de Franz Bardon (Frabato The Magician; The Practice Of Magical Evocation, The Key To The True Quabbalah).
 
 
* * *
 
 
Se quisermos definir como o "Fluído Vital" emana e donde emana, permitindo a materialização das Energias Mágicas, deveremos estudar as três únicas formas de produzí-lo:
 
1)       Emanação individual do Fluído Vital;
2)       Sacrifício Vital;
3)       Orgasmo Sexual.
 
E para compreender o alcance da Magia, poderemos definir sua envergadura de poder:

1)                Microcosmos Interno – visando provocar transformações no próprio operador;
2)                Microcosmos Externo – visando transformações em outros seres vivos;
3)                Macrocosmos – visando transformações sociais ou globais (Cosmos, meio-ambiente, comportamento de grupos de animais ou de vegetais, coletividades, etc.).

domingo, 17 de julho de 2011

Introduçao ao Tarot

Taro


O SIMBOLISMO DO TARO E O OCULTISMO
O Taro é reconhecido como a pedra fundamental do Hermetismo no Ocultismo Tradicional do Ocidente. Ouspensky no seu trabalho "The Symbolism of the Tarot - Philosofy of Occultism in Pictures and Numbers", resume a ligação entre o Ocultismo e o Simbolismo do Taro, como a seguir:
Nenhum estudo de filosofia oculta é possível sem uma familiaridade com simbolismo, pois se as palavras ocultismo e simbolismo são corretamente utilizadas, elas significam quase que a mesma coisa. O Simbolismo não pode ser aprendido como se aprende a construir pontes ou a falar uma língua estrangeira, e a interpretação de símbolos requer um estado mental especial; além de conhecimento, faculdades especiais como o poder do pensamento criativo e o desenvolvimento da imaginação são necessários. Alguém que entenda o uso do simbolismo nas artes, sabe, de maneira geral, o que significa simbolismo oculto. Porém, mesmo neste caso, um treinamento especial da mente é necessário, para a compreensão da "linguagem dos Iniciados", e para expressar nesta língua as intuições, à medida em que são levantadas.
Existem muitos métodos para o desenvolvimento do "sentido dos símbolos" para aqueles que procuram conhecer as forças ocultas na Natureza e no Homem, assim como ensinar os princípios fundamentais e os elementos da linguagem esotérica. O mais sintético, e um dos mais interessantes destes métodos, é o Taro.
Este estudo, entretanto, obedece regras especiais, pois um símbolo pode servir para engatilhar e transferir nossas intuições e sugerir novas, apenas enquanto seu sentido não é definido; por isso, símbolos reais como o Taro, estão perpétuamente em processo de criação, porque se recebem um significado definido, tornam-se hieróglifos e finalmente, um mero alfabeto. Desta forma passam a expressar conceitos ordinários, deixando de ser a linguagem dos Deuses ou dos Iniciados e tornando-se meramente um língua, que qualquer um pode aprender....

Em sua forma exterior o Taro é um pacote de cartas utilizado para jogos e adivinhação da sorte. Estas cartas foram inicialmente conhecidas na Europa no final do século XIV, quando eram utilizadas por ciganos espanhois, como quer Ouspenski; Taro do Bohemios, para Papus.
Embora sua origem exata seja desconhecida, diversos ocultistas famosos como Paracelso (Teophrastus Bombastus von Hohenheim), Papus (Gerald Encausse), Fabre d'Olivet, Court de Gebelin e Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant) a atribuem aos egípcios, outros aos Atlantes.

Segundo Ouspensky, durante a Idade Média, quando os Taros apareceram históricamente na Europa, existia uma tendência para a construcão de sistemas lógicos, simbólicos e sintéticos análogos à "Ars Magna" de Raymond Lully. Mas produções similares ao Taro existiram na China e na Índia, desse modo impedindo-nos de imaginar que o Taro foi um destes sistemas criados na Europa, durante a Idade Média. Por diversos motivos, é também evidente que o Taro está conectado aos Antigos Mistérios e Iniciações Egípcias. Entretanto, embora de origem discutível e de objetivos desconhecidos o Taro é sem nenhuma dúvida o mais completo código de simbolismo Hermético que possuímos.

Diz Eliphas Levi no seu Dogma e Ritual da Alta Magia:
O Taro é uma verdadeira máquina filosófica que impede a mente de vagar, embora mantenha sua iniciativa e liberdade; é matemática aplicada ao Absoluto e aliança entre o positivo e o ideal, uma loteria de pensamentos tão exatos quanto números, talvêz a mais simples e maior criação do gênio humano...
Ainda relacionando o Taro à Cabala diz em outro trecho:
...A Tétrada simbólica representada nos mistérios de Menphis e Tebas pelos quatro aspectos da esfinge - homem, águia, leão e touro, correpondia aos quatro elementos do mundo antigo: água, ar, fogo e terra. ...Agora estes quatro símbolos com todas as suas analogias, explicam o mundo único e oculto em todos os santuários. ...Além do mais, a palavra sagrada que não era pronunciada, era soletrada e expressa em quatro letras: Iod, He, Vau, He...

Eliphas afirma ter encontrado uma peça de Taro cunhada no antigo Egito, e sobre ela diz:
...Essa Clavícula, considerada perdida durante séculos, foi por nós recuperada e temos sido capazes de abrir os sepulcros do mundo antigo, de fazer os mortos falarem, de observar os monumentos do passado em todo o seu esplendor, de entender enigmas de cada esfinge e de penetrar todos os santuários. ...Ora a chave em questão era esta: um alfabeto hieroglífico e numérico, expressando por caracteres e números uma série de idéias universais e absolutas.

Laurens van der Post em sua introdução para o livro "Jung e o Taro - uma Jornada Arquetípica" de Sallie Nichols, coloca:
... Ele (Jung) reconheceu de pronto, como fêz com muitos outros jogos e tentativas primordiais de adivinhação do invisível e do futuro, que o Taro tinha sua origem e antecipação em padrões profundos do inconsciente coletivo, como acesso a potenciais de maior percepção à disposição desses padrões. Era outra ponte não-racional sobre o aparente divisor de águas entre o inconsciente e a consciência, para carrear noite e dia o que deve ser o crescente fluxo de movimento entre a escuridão e a luz... Desta forma o Taro é no mínimo uma autêntica tentativa de ampliação das possibilidades das percepções humanas...
AS QUATRO CIÊNCIAS HERMÉTICAS NO TARO
Muitos comentaristas do Taro acreditam que este é um sumário das quatro Ciências Herméticas: Cabala, Astrologia, Alquimia e Magia, com as suas diferentes divisões. Todas estas ciências, atribuidas a Hermes Trismegistus, realmente representam um sistema amplo e profundo de investigação psicológica da natureza humana em sua relação com o mundo "noumena" (Deus e o Mundo do Espírito) e com o mundo fenomênico (o visível, o Mundo Físico), conforme Ouspensky:
...As letras do alfabeto hebraico e várias alegorias da Cabala; os nomes dos metais, ácidos e sais da Alquimia; os planetas e constelações da Astrologia; os bons e os maus espíritos da Magia - todos estes aspectos estão contidos no Taro, de modo velado aos não iniciados. Mas quando o verdadeiro alquimista procura pelo ouro, procura o ouro da alma humana; quando o astrólogo fala de constelações e planetas ele fala de constelações e planetas na alma humana ou seja nas qualidades da alma humana e sua relação com Deus e com o mundo; e quando o verdadeiro cabalista fala no Nome de Deus, imagina Seu Nome na alma humana e na Natureza, não em livros mortos ou textos bíblicos, como faziam os cabalistas escolásticos. Assim Cabala, Astrologia, Alquimia e Magia são sistemas paralelos de metafísica e psicologia, simbolicamente representados pelo Taro. Desta forma, qualquer Arcano do Taro ou qualquer sentença alquímica pode ser lida de modo cabalístico ou astrológico, mas o seu significado será sempre psicológico ou metafísico.
Diversas analogias existem entre o Taro e os ensinamentos da Cabala:
Os vinte e dois arcanos maiores correspondem as vinte duas letras do alfabeto hebraico e aos vinte e dois caminhos que interligam o Sephiroth.
Os quatro naipes (Pentáculos, Espadas, Copas e Paus) e as quatro figuras dos arcanos menores (Rei, Dama, Cavaleiro e Valete) correspondem aos quatro elementos alquímicos, as quatro letras do tetragramaton (Iod, He, Vau, He) ou ainda os quatro mundos no caminho do Relampago Brilhante (Olam ha Aziluth - Mundo da Emanação, Olam ha Briah - Mundo da Criação, Olam ha Yezirah - Mundo da Formação e Olam ha Aziah - Mundo da Manifestação ou Concreto).
As dez cartas dos arcanos menores (de As a Dez) representam as sephiras da Árvore da Vida.
E assim por diante, de tal forma que é impossível não notar as similaridades entre os dois sistemas..

O TARO NOS TEMPLOS EGÍPCIOS
Oswald Wirth em seu "Essay upon the Astronomical Tarot" refere-se à sua origem assim: "De acordo com Christian (Histoire de la Magie) os vinte e dois arcanos maiores do Taro, representam pinturas hieroglíficas que foram encontradas nos espaços entre as colunas de uma galeria, onde os neófitos deviam passar nas iniciações egípcias. Haviam 12 colunas ao norte e 12 colunas ao sul, ou seja, onze figuras simbólicas de cada lado. Estas figuras eram explicadas ao candidato em ordem regular, e elas continham as regras e os princípios da iniciação. Esta opinião é confirmada pela correspondência que existe entre os arcanos quando eles são desta forma arrajandos."
Na galeria do Templo, as figuras eram arranjadas em pares, uma oposta à outra, de tal modo que a última era oposta à primeira; a penúltima à segunda, e assim por diante.
Qaundo as cartas são colocadas, encontramos uma significação interessante e profunda. Desta forma a mente encontra a unidade a partir da dualidade, o monismo à partir do dualismo, o que podemos chamar da unificação da dualidade. Uma carta explica a outra e cada par mostra mais do que cada uma de per sí.

Assim, por exemplo, os arcanos X e XIII (Vida e Morte) significam em conjunto uma certa unidade, uma condição complementar que não pode ser concebida pelo processo mental normal e imperfeito. Pensamos em Vida e Morte como dois opostos antagonicos um ao outro, mas, se pensarmos mais longe, veremos que cada um depende do outro para existir e nehum dos dois pode existir separadamente.